Haja fôlego!
Ao contrário
do que se esperava, o Brasileirão vai empolgando cada vez mais.
Após o
vexame da Copa do Mundo e da falta de grandes ídolos, confesso, não fazia muita
fé neste Brasileirão.
Mas, o
fôlego que eu reclamo no título não é tanto pelas emoções causadas pelos jogos
da quarta mas, sim, pela falta de tempo para que os times se recuperem dos
apertos de desapertos passados na quarta.
Assisti à
vitória incrivelmente fácil do Palmeiras em cima do fragilíssimo Fluminense.
Flu que até
saiu na frente, mas acabou levando quatro sapatadas. Duas delas, por incríveis
falhas de seus zagueiros.
Realmente,
me surpreendeu a fragilidade do tricolor carioca.
Ao final do
jogo, comentei com meu neto Vinicius, louco por futebol, companheiro de todos
os jogos: “Amanhã esse Enderson Moreira não é mais técnico do Fluminense.”
Errei: ele caiu
na própria noite de quarta-feira.
Penso:
apesar de não jogar bem, acho que o Palmeiras vai embalar.
Aí, confirmo
na tabela: próximo adversário, o Grêmio. É, não dá tempo para respirar, para
folgar. É clássico em cima de clássico.
O Fluminense
vai pegar a Ponte Preta. Jogo fácil, não? Não, não é. A Ponte venceu o Goiás lá
no Serra Dourada, ontem, e goleou o Santos no jogo anterior. É um time em
ascensão. Qualquer que seja o novo técnico, não será tarefa fácil para o
Fluminense. Um empate já estará de bom tamanho.
Às 22 horas,
eu e o Vini nos ligamos no Inter x Corinthians.
O Internacional
dominou o primeiro tempo, mas quem marcou primeiro foi o Corinthians. Chute do
garoto Malcon que desvia no zagueiro e entra.
Vágner Love
perde mais um gol. Vini me avisa: “Vô ele já perdeu três. Como ele perde 12 em
cada jogo, agora só faltam nove.”
Com apenas
lampejos do bom futebol que vem apresentando e que o coloca como líder do
Brasileirão, o Timão sai batido: 2 a 1.
O
Internacional se aproxima da zona de classificação para a Libertadores e terá
um certo refresco no fim de semana: enfrenta o Figueirense pertinho de sua
casa, em Florianópolis.
Já o
Corinthians não terá a mesma moleza: pega o Santos no domingo, no horário que o
torcedor gosta e o jogador odeia: às 11 horas da matina. O jogo será na Arena
de Itaquera, o que garante bom público, mas é tarefa das mais complicadas para
quem quer manter a liderança do Brasileirão.
O Santos vem
de boa. Pegou o vice líder, o Atlético MG, na Vila Belmiro e sapecou-lhe quatro
belos gols. Vitória fácil dos meninos da Vila em cima do respeitado Galo
mineiro.
Daí, cabe a
pergunta: esse mesmo time do Santos, com esses mesmos meninos, andava mal com
Osvaldo Oliveira de técnico, deu pequena melhorada para depois cair com o
ex-auxiliar Toninho Fernandes e agora dá esse show de bola com o Dorival Jr.
(mas é bom lembrar que com o mesmo Dorival levou de três da Ponte no fim de
semana).
Como
explica?
Ao meu lado,
a Primeira Dama desse blog filosofa:
- É o tal do
futebol.
O Galo que
vinha com excelente campanha só não se distanciou do líder Corinthians graças
ao Internacional. Mas, no domingo, enquanto o Corinthians tem o Santos pela
frente, o Galo também tem pedreira: pega o Flamengo lá no Mineirão. Nenhum dos
dois teve tempo para respirar. Haja fôlego!
Ela, a
Primeira Dama, é vascaína. Acompanhou na noite de quarta o andar da carruagem
lá no Mineirão.
O Vasco saiu
na frente e ela se animou: pintou o campeão!
O empate, 2
a 2, no final, foi ruim para o Vasco e péssimo para o Cruzeiro.
Ruim porque
um pontinho não adoça nada na amarga vida do Vasco. Porém, como quem está se
afogando agarra até em jacaré. Então, é melhor um ponto do que nada.
Péssimo para
o Cruzeiro pois empatar com o lanterna no Mineirão não dá para explicar. O
próximo adversário é o Chapecoense, lá em Chapecó. Uma incógnita.
Na hora do
almoço de hoje, quinta-feira, informou ao meu neto que acaba de chegar da
escola:
- O Dunga
convocou o Elias, o Renato Augusto e o Elias.
- O quê?,
ele reclama irado. Logo agora que o Corinthians mais precisa deles? Não tinha
ninguém lá na Europa para ele convocar? Tem jogo contra o Santos domingo, Vô!
Para aplacar
a ira dele, informo:
- No domingo
todos eles ainda vão jogar.
Mais calmo com
a notícia, ele sentencia com a certeza de seus 12 anos.
- Também o
seguinte, viu Vô: time grande não perde duas seguidas...

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