Estamos vivendo a maior crise
político-econômica que se tem notícia no Brasil nos últimos 500 anos.
Todos os indicadores econômicos são ruins.
Todos.
Dos macros aos micros.
Fomos rebaixados, recentemente, para a
segunda divisão da economia mundial. Afastados da credibilidade mundial.
Para usar uma expressão que se tornou
lugar-comum dos discursos do criador que criou a criatura que atualmente é
presidente do Brasil, nunca antes na história desse País se viu tamanha
incompetência, tamanha roubalheira.
Os indicadores mais visíveis são aqueles que
nos atingem diariamente: supermercado, açougue, farmácia etc.
É mais fácil constatar, primeiro porque
atinge diretamente nossos bolsos cada vez mais combalidos. Segundo porque numa
simples visita um supermercado é possível verificar o quanto vaziam eles andam,
mesmo nos dias de promoção.
É preciso economizar e gastar apenas com o
indispensável, não?
Então como explicar o crescimento dos torcedores
nos campos de futebol?
Neste sábado, 22.794 pagantes compareceram ao
Allianz Parque para ver a vitória do Palmeiras sobe o Figueirense. Foi o menor
público da Arena no Brasileirão.
No domingo pela manhã, 41.809 torcedores estiveram
na Arena Corinthians e estabeleceram o novo recorde de público na vitória sobre
o Joinville.
Em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, 46.915 pagaram para ver a vitória do São Paulo, 2 a 1.
No Mineirão, 45.991 pagantes,
um público que não chega a ser surpreendente para o clássico, Cruzeiro 1 x
Atlético 1.
A média de público considerando
apenas os jogos dos mandantes é excelente, atingindo a níveis de futebol
europeu, números nunca vistos antes na história desse País.
Vejam os números das 10 Arenas
que mais receberam público:
1 – Palmeiras, média de 33,090.
2 – Arena Corinthians, 31.705.
3 – Mineirão, 27.644.
4 – Arena do Grêmio, 27.035
5 – Arena Pernambuco, 24.529.
6 – Maracanã, 24.034.
7 – Arena das Dunas, 22.825.
8 – Morumbi, 22.305.
9 – Beira Rio, 17.786.
10 – Arena da Baixada, 16.947.
Os números completos estão no
site Sr Gol, neste endereço:
O leitor mais apressado,
principalmente aqueles da intelligenza, há de dizer: o torcedor de futebol é
alienado, o futebol é o ópio do povo e sandices que tais.
Daí, apresento outros números.
O Rio encerrou sua bienal de
livros com números igualmente espetaculares: 676 mil visitantes em 11 dias de
evento. Foram vendidos 3,7 milhões de livros num evento que teve a arrecadação
de R$ 83 milhões.
É ou não é um paradoxo?
Desculpas
Esfarrapadas
Os jogadores de futebol dizem
odiar o horário das 11 horas da manhã, o preferido dos torcedores.
Segundo o caderno de Esportes
da Folha de São Paulo de hoje, 14/09/2015, os dois maiores públicos do Brasileirão
aconteceram em jogo disputados às 11 horas.
1 – São Paulo 3 x Coritiba 1,
Morumbi, 59.482 pagantes
2 – Atlético MG 1 x Joinville
0, 55.987, no Mineirão.
Este é um horário perfeito. O
torcedor sai de casa ali pelas nove e meia/dez horas da manhã, assiste ao seu
time e ali por volta das 13 já está em casa para o almoço com a família ou num
bom horário para procurar um bom restaurante.
O torcedor não perde o domingo
todo com um jogo.
Os jogadores deveriam ter o
mesmo raciocínio: no domingo, às 14 horas, ele estará livre para o almoço com a
família ou os familiares, como eles gostam de dizer.
Mas não.
Preferem dizer que o calor é
desumano. Realmente, entre 11 e 13 horas, a temperatura é mais alta do que
entre 17 e 19 horas.
O corre que isso não acontece
todos os domingos. O Corinthians, por exemplo, fez seu primeiro jogo às 11
horas já no segundo turno.
Portanto, não chega a ser uma
sangria desatada.
Outra desculpa, que chega a ser
ridícula, eu ouvi do atacante Rildo, do Corinthians, em entrevista coletiva.
Segundo ele, os jogadores têm familiares e gostam de conversar com eles por
telefone até tarde da noite. Daí, não dá para acordar cedo.
Será que não dá para pedir aos
familiares para esperar um pouco e conversar à vontade no dia seguinte?

Olá, a fotografia usada para ilustrar esse texto é de minha autoria. Peço para que os devidos créditos sejam concedidos conforme a lei de direitos autorais
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