Assisti ao modorrento e horrível jogo entre
Fluminense e Corinthians pela televisão, ao lado do meu neto, o corintianíssimo
Vinicius, de 12 anos.
Logo nas primeiras imagens, ele me perguntou:
- Ô Vô, por que o Maracanã está tão vazio?
Expliquei que era começo de campeonato, que
ainda não havia muito interesse... Ele me interrompeu.
- Vô, não tem interesse? O Corinthians tá
completo, o Fluminense também. Eles não estão na Libertadores, então, tem que
ter interesse.
Bom, não dá para discutir com o baixinho.
Mas, apesar de todo o seu corintianismo, o
Vinicius alternou a televisão com o seu game. Aliás, a televisão ao mostrar o
Rivelino nas arquibancadas, mostrou também atrás dele um torcedor mais
interessado no celular do que no jogo.
A verdade é essa mesmo. O campeonato está no
começo e ainda não pegou.
Mas, se depender do futebol mostrado nessa
terceira rodada em, praticamente, todos os jogos, ainda via demorar a pegar.
Até o tão decantado Cruzeiro, arrasador no
ano passado, só conseguiu o seu primeiro ponto neste Brasileirão no empate com
a Ponte Preta, ontem, no Mineirão e está lá em baixo na tabela.
Mas, na ponta de cima, a situação também é
ruim: Sport, Goiás e Corinthians têm o mesmo número de jogos, 3, e o mesmo
número de pontos ganhos: 7.
O Sport fez 3 jogos e marcou 7 gols (boa média);
o Goiás em três jogos marcou três gols (média fraca); o Corinthians, nos mesmos
três jogos, marcou apenas dois gols (média horrível).
A situação para os corintianos não é nada
alvissareira.
Guerreiro, o grande artilheiro do time,
deverá fazer seu último jogo com a camisa corintiana nesta semana. Depois, se
apresenta à Seleção peruana que disputará a Copa América e não volta mais.
Sheik, também artilheiro, mas muito mais
polêmico, também vai embora no meio do ano.
Assim, o Corinthians que pintou como o grande
time do Brasil no começo de temporada, vai se desfazendo. E a crise financeira
aponta para um futuro sofredor.
Os cartões
de todas as cores
No começo do Brasileirão do ano passado,
discutiu-se muito a nova orientação quanto à bola ao critério de bola na mão e
de mão na bola.
O desencontro na aplicação de tal orientação
desencadeou um número recorde de pênaltis por causa do polêmico encontro da
bola com a mão.
Este ano a polêmica são os cartões.
A orientação recebida pelos juízes é
tolerância zero quanto às reclamações. Reclamou? Leva o amarelo.
Em princípio, isso é muito bom.
Nossos jogadores fantasiam demais. Qualquer
entrada um pouco mais dura, o atingido cai, rola por centenas de metros e finge
o sofrimento de semanas na UTI.
Daí, os outros companheiros partem pra cima
do juiz e logo se forma um bolo em torno do homem do apito.
Isso é preciso acabar mesmo.
O espetáculo que os atletas devem dar é
outro, não esse péssimo teatro.
Mas também os juízes não precisam se mostrar
tão autoritários, tão ditatórias como tem acontecido nessas primeiras rodadas.
No jogo entre Atlético PR e Atlético Mineiro,
o juiz Thiago
Duarte Peixoto roubou o espetáculo com duas tremendas mancadas.
Primeira – Douglas Coutinho
marcou o gol do Atlético PR e correu para a torcida. Um momento muito legal.
Foi abraçado e abraçou os torcedores. Quando voltou ao campo, levou cartão
amarelo. O juiz foi orientado para coibir o excesso nas comemorações, está
certo. Mas é preciso que haja bom senso. Não me parece que ali tenha havido
exagero.
Segunda – Agora, sim, houve
exagero. O juiz apontou para o Douglas Coutinho, depois para o chão, a seus
pés, mostrando que o jogador tinha que ir até ali para ser punido. Coisa de mãe
pirracenta.
O
juiz lembrou os piores momentos de exibicionismo autoritário de Armando Marques
que parecia chegar ao orgasmo quando obrigava o jogador a ficar aos seus pés
para ouvir tremenda esculhambação, numa época em que ainda não se usavam os
cartões.
Já a
expulsão do gordinho Valter parece que foi justa, a julgar pelo que o juiz
escreveu na súmula. Veja e complete os pontinhos:
(Falando
primeiro com o auxiliar)"Você não viu a falta, está fazendo o que aí? Não
serve para nada, vai tomar no seu c...", foram as palavras ditas por
Walter relatadas na súmula eletrônica disponível no site da CBF.E as ofensas, segundo a súmula, não pararam por aí. O próprio árbitro também afirmou ter sido alvo do atacante, com os seguintes dizeres: "C..., p..., o que você está fazendo? Que marra do c..., apita essa p..., você apitou onde?".
Nem todos os jogos foram 0 x 0, 1 x 1 ou 1 x 0.
ResponderExcluirBota o neto para assistir o São Paulo.
3 x 0 e nenhum comentário no Blog?