A bela
Marina Mantega, competente apresentadora de programa, e que carrega o pesado
sobrenome do pai, saiu em defesa do ex-ministro da Fazenda dos governos
petistas que tem sido alvo de manifestações por onde passa.
Manifestações
contrárias, claro.
Primeiro foi
no hospital Albert Einstein e segundo no restaurante Aguzzo.
Segundo ela,
quem vaia o ex-ministro Guido Mantega não entende nada de economia.
Nada mais
lógico que a filha defender o pai.
A isto dá-se
o nome de amor incondicional.
O pai
defenderia a filha da mesma forma.
Não fique
assim tão brava, Marina, porque essas manifestações acontecem e ainda vão
acontecer. É claro que seria melhor receber aplausos.
Mas é só dar
uma olhada nos números da economia e cair na real: não são números que mereçam
aplausos.
Tanto assim,
que o novo velho governo da Dilma, a Reclusa, tenta fazer mágicas e, sem o
menor pudor, mete a mão nos direitos trabalhistas para equilibrar as contas que
ela, Dilma, e seu pai, o Mantega, levaram ao patamar caótico de hoje.
Caso sirva
de consolo, veja esta história.
No começo da
década de 90, o ex-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso, almoçava com a
família em um luxuoso restaurante de Belo Horizonte, quando foi identificado
por outros frequentadores.
Newtão (ou
Trator como também gostava de ser chamado) havia deixado o cargo há poucos
dias. Identificado, passou a ser hostilizado.
As vaias
foram ouvidas nas ruas e logo o restaurante foi cercado por populares.
Newtão,
entre outras façanhas de seu governo, havia quebrado a Minascaixa, tão cara aos
mineiros.
As vaias
foram ficando cada vez mais fortes, gritos de ladrão, pega ladrão, palavrões
até que o dono do restaurante, temendo e prevendo o que iria acontecer, chamou
a polícia.
Newtão e
família tiveram que sair sob forte escolta, ouvindo retumbantes vaias e
palavras não muito agradáveis.
Mas os
gritos não acontecem apenas nas ruas.
Mantega ouviu protestos em lugares finos: o Einstein e
o restaurante Aguzzo, que em italiano quer dizer arguto, perspicaz, esperto
onde Mantega pode ter saboreado um excelente Gamberi in salsa di prosecco e
risotto di asparagi ou, em português para nós míseros mortais: Camarão em um de
prosecco e risoto de aspargo.
Mas os petistas e simpatizantes não estão livres nem
mesmo quando dentro de cabines pressurizadas em jatos que singram nossos ares.
Os passageiros já
estão em pé quando um deles é identificado como petista e começam as
provocações, os gritos de fora Dilma, fora PT e outros.
Não há palavrões, não
há agressões, mas há a certeza de que os petistas estão se sentindo cada vez
mais desconfortáveis.
Assim como os fumantes
que hoje já não encontram mais o espaço e paz de outrora.


