segunda-feira, 2 de novembro de 2015


A perigosa situação de “Com a mão na Taça”.

Corintianos – e até mesmo não corintianos – amanheceram essa preguiçosa segunda-feira com a sensação de que o Timão já está com a taça nas mãos.

Como dizia o ótimo narrador e não tão ótimo filósofo Luciano do Valle, o jogo só acaba quando termina.

Na Copa do Mundo do de 2014, o estudioso do futebol Carlos Alberto Parreira se entusiasmou com as primeiras vitórias do Brasil e lascou um esfuziante: “Já estamos com uma mão na Taça”.

Faltou combinar com a Alemanha, como se viu na sequência.

Com a indiscutível e massacrante vitória sobre o Galo, 3 a 0, com direito a olé, o Timão abriu 11 pontos sobre seu fiel perseguidor, o Galo. Temos ainda 15 pontos em disputa. A situação do Corinthians é ótima, mas não o suficiente para colocar as mãos na Taça.

Tem um empecilho chamado matemática, que é uma ciência exata, além do chamado imprevisível que, para fazer jus ao nome, pode aparecer ou não.

Mas a vitória sobre o Atlético nesse domingo foi tão incontestável que serviu para por fim às acusações de que o Corinthians foi ajudado pelos juízes.

O Atlético escolheu o estádio Independência como local do jogo por acreditar numa mística que demonstrou puro amadorismo.

A mística do “Eu acredito” é ótima como hino da torcida, como motivação, mas não muda os níveis técnicos dos times. Quem é melhor, continua sendo melhor.

O amadorismo deixou enorme prejuízo ao Atlético. Foram 20 mil torcedores no simpático Independência que poderiam ter sido 60 mil no moderno Mineirão. Esqueceram-se os dirigentes do Galo que foi lá, junto à bela Pampulha, que esse mesmo Galo, sob os gritos do mesmo “Eu acredito”, derrotou o mesmo Corinthians na Copa do Brasil.

Assim, além de perder o jogo, teve também um baita prejuízo.

O Corinthians, na verdade, foram dois no jogo de domingo.

No primeiro tempo, cuidou mais da defesa, fechou os espaços para o Galo. Correu certo perigo, principalmente nas bolas alçadas sobre a área, já que o Galo tem bons cabeceadores, principalmente o zagueiro Leonardo Silva.

Mas, me pareceu, um risco calculado. O risco maior, seria, por exemplo, dar espaços para as rápidas e perigosas investidas desse bom Luan. Ou deixar que o artilheiro Pratto tivesse espaço dentro da área, onde ele é letal.

Feito isso, no segundo tempo, o Corinthians partiu para o que é o seu forte: o toque de bola, principalmente entre Renato Augusto, Jadson e Elias que ontem não jogou. Em seu lugar entrou Rodriguinho que acabou por não comprometer.

Essas triangulações, a rápida troca de posição entre eles e também o Vágner Love acabam sempre dentro da área do adversário – e muitas vezes, dentro do gol.

Foi o que aconteceu.

Assim a torcida pode gritar olé nas trocas de bola que são comuns, e não com o intuito de humilhar o adversário.

Esse é o Corinthians que tem quatro jogadores na Seleção – Cássio, Gil, Elias e Renato Augusto -, mas nenhum deles tão craque a ponto de desequilibrar um jogo. Como um Neymar, por exemplo.

O que se pode afirmar desse Corinthians é que um técnico competente como é o Tite, soube armar o time e tirar de três ou quarto jogadores tudo o que eles têm de bom.

Na transição do Paulistão para o Brasileirão, o Corinthians perdeu jogadores importantes: o lateral esquerdo Fábio Santos, o volante Petros, os atacantes Sheik e Guerreiro, enfim, uma base do time.

Pois Tite soube reconstruir esse time.

Na lateral esquerda, apareceu Uendel, atacando e defendendo como fazia Fábio Santos; machucado Uendel, eis que aparece o jovem Guilherme Arana dando conta do recado direitinho; no meio, providenciou a volta de Ralf, um marcador implacável; na frente, teve Luciano, agora machucado, e Vágner Love que perde muitos gols, mas são tantas as situações criadas que ele acaba marcando.

Jovens estão aparecendo para garantir o futuro desse time: Marcial, um garoto que entra e não decepciona, e Lucas que fez um golaço de voleio, o terceiro do Corinthians contra o Galo.

Pensando bem, o grande craque está no banco: é o Tite.


Já nas bancas
 

O futebol americano, aquele esporte que mais parece briga e, às vezes, até mesmo guerra, está ganhando espaço, e muito espaço, no Brasil. Foi pensando nisso que On Line Editora colocou nas bancas esse guia que fala tudo sobre o esporte: das origens, de sua chegada aos Estados Unidos, das regras, dos craques, dos grandes estádios.

Um muito de muito charme e muito dinheiro.

Os jornalistas responsáveis são Silvio Natacci e Mário Marinho.

Ouvi dizer que os caras são bons...

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário