Posição
- Volante
Jogos
- 52 (38 vitórias, 6 empates, 8 derrotas, 3 gols)
Copas
disputadas - 1958, 1962, 1966
Títulos
pela Seleção - Copa do Mundo
(1958, 1962); Taça Oswaldo Cruz (1955, 1961,1962); Copa Roca (1957; 1963); Taça
Bernardo O‘Higgins (1955,1959).
Clubes em que jogou –
Roseira-SP; São Paulo de Pindamonhangaba-SP; Taubaté-SP, 1948 a 1951; Santos-SP, 1952 a 1967.
Os
lançamentos não eram o forte do futebol de Zito, mas volta e meia ele colocava
os atacantes do Santos na cara do gol, com longos lançamentos; os dribles
também não eram característica marcante, mas quantas vezes Zito se livrou de
adversários com dribles curtíssimos; era o volante de verdade, aquele que mais
defende do que ataca, mas marcou 57 gols vestindo a camisa do Santos. Enfim,
Zito reunia um pouco de cada uma dessas qualidades e tinha uma em que era
imbatível: a liderança.
No
time do Santos, dava o ritmo e cobrava ação de qualquer um dos jogadores, do
mais novato ao mais veterano, do menos craque a Pelé. Eram comuns os gritos de
Zito durante os jogos e ninguém ousava levantar a voz contra ele.
Chegou
ao Santos com 20 anos de idade e sem posição definida, até que se encaixou como
volante. Três anos depois de sua chegada, o Santos sagrava-se campeão paulista
de 1955, o segundo título da história do clube e o primeiro de muitos de um
supertime que estava sendo montado.
Na
Copa de 1958, foi convocado para a reserva do clássico Dino Sani, que se
machucou no segundo jogo. Zito entrou para não sair mais.
Após
a Copa da Suécia continuou como titular, condição que foi mantida na Copa de
1962, no Chile.
No
jogo decisivo (3 a
1 em cima da então Tchecoslováquia), marcou o segundo gol recebendo um passe de
Amarildo, que havia entrado em lugar do contundido Pelé no segundo jogo da
Copa. Amarildo foi definido pelo jornalista e escritor Nélson Rodrigues como “O
Possesso”. Anos depois, Zito descreveu o gol assim:
-
Eu peguei a bola no meio do campo e vi o Amarildo se deslocando pela ponta
esquerda. Fiz o lançamento e corri pelo meio, como se fosse um centroavante.
Mas o Amarildo era meio afobado, então eu corri gritando com ele “Vai! vai!”,
para ele não largar a bola, nem centrar antes da hora. Quando cheguei na
entrada da área, berrei: “Dááááááá”. Ele cruzou na pequena área, eu entrei de
nariz, fiz o gol e ainda trombei na trave.
Zito
jogou no Santos até 1967. Depois, assumiu funções diretivas no clube.
Em
2014 Zito sofreu um AVC.
Esse texto acima foi o resultado
de extensa pesquisa que fiz para o livro “Heróis do Brasil”, uma obra que traz
os perfis de todos os jogadores que defenderam o Brasil em Copas do Mundo até
2010.
Era um livro que eu pretendia
lançar antes da Copa de 2014. Infelizmente, não encontrei patrocinador e o
livro ficou inédito.
Da Seleção Brasileira campeã do
Mundo em 1958 que revelou Pelé e encantou o mundo da arte do futebol, estão
vivos: Mazzola, Pepe, Dino Sani, Pelé, Zagallo e Moacir.
Por falar
Em Seleção Brasileira...
...e por falar também em craque,
o que o Neymar jogou na estreia do Brasil na Copa América contra o Peru, nesse
domingo, foi brincadeira.
Ficou mais do que escancarada a
dependência que a Seleção tem do Neymar.
E também a distância quilométrica
do futebol dele em relação aos outros jogadores.

Nenhum comentário:
Postar um comentário