segunda-feira, 15 de junho de 2015

Zito, 82 anos.



 
 
Zito – José Ely de Miranda (Roseira-SP, 08/08/1932-Santos14/06/2015 )

            Posição - Volante

            Jogos - 52 (38 vitórias, 6 empates, 8 derrotas, 3 gols)

            Copas disputadas - 1958, 1962, 1966

            Títulos pela Seleção - Copa do Mundo (1958, 1962); Taça Oswaldo Cruz (1955, 1961,1962); Copa Roca (1957; 1963); Taça Bernardo O‘Higgins (1955,1959).

Clubes em que jogou – Roseira-SP; São Paulo de Pindamonhangaba-SP; Taubaté-SP, 1948 a 1951; Santos-SP, 1952 a 1967.

            Os lançamentos não eram o forte do futebol de Zito, mas volta e meia ele colocava os atacantes do Santos na cara do gol, com longos lançamentos; os dribles também não eram característica marcante, mas quantas vezes Zito se livrou de adversários com dribles curtíssimos; era o volante de verdade, aquele que mais defende do que ataca, mas marcou 57 gols vestindo a camisa do Santos. Enfim, Zito reunia um pouco de cada uma dessas qualidades e tinha uma em que era imbatível: a liderança.

            No time do Santos, dava o ritmo e cobrava ação de qualquer um dos jogadores, do mais novato ao mais veterano, do menos craque a Pelé. Eram comuns os gritos de Zito durante os jogos e ninguém ousava levantar a voz contra ele.

            Chegou ao Santos com 20 anos de idade e sem posição definida, até que se encaixou como volante. Três anos depois de sua chegada, o Santos sagrava-se campeão paulista de 1955, o segundo título da história do clube e o primeiro de muitos de um supertime que estava sendo montado.

            Na Copa de 1958, foi convocado para a reserva do clássico Dino Sani, que se machucou no segundo jogo. Zito entrou para não sair mais.

            Após a Copa da Suécia continuou como titular, condição que foi mantida na Copa de 1962, no Chile.

            No jogo decisivo (3 a 1 em cima da então Tchecoslováquia), marcou o segundo gol recebendo um passe de Amarildo, que havia entrado em lugar do contundido Pelé no segundo jogo da Copa. Amarildo foi definido pelo jornalista e escritor Nélson Rodrigues como “O Possesso”. Anos depois, Zito descreveu o gol assim:

            - Eu peguei a bola no meio do campo e vi o Amarildo se deslocando pela ponta esquerda. Fiz o lançamento e corri pelo meio, como se fosse um centroavante. Mas o Amarildo era meio afobado, então eu corri gritando com ele “Vai! vai!”, para ele não largar a bola, nem centrar antes da hora. Quando cheguei na entrada da área, berrei: “Dááááááá”. Ele cruzou na pequena área, eu entrei de nariz, fiz o gol e ainda trombei na trave.

            Zito jogou no Santos até 1967. Depois, assumiu funções diretivas no clube.

            Em 2014 Zito sofreu um AVC.

               

 

Esse texto acima foi o resultado de extensa pesquisa que fiz para o livro “Heróis do Brasil”, uma obra que traz os perfis de todos os jogadores que defenderam o Brasil em Copas do Mundo até 2010.

Era um livro que eu pretendia lançar antes da Copa de 2014. Infelizmente, não encontrei patrocinador e o livro ficou inédito.

Da Seleção Brasileira campeã do Mundo em 1958 que revelou Pelé e encantou o mundo da arte do futebol, estão vivos: Mazzola, Pepe, Dino Sani, Pelé, Zagallo e Moacir.

 

Por falar

Em Seleção Brasileira...

 

...e por falar também em craque, o que o Neymar jogou na estreia do Brasil na Copa América contra o Peru, nesse domingo, foi brincadeira.

Ficou mais do que escancarada a dependência que a Seleção tem do Neymar.

E também a distância quilométrica do futebol dele em relação aos outros jogadores.

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