segunda-feira, 29 de junho de 2015



O show do Verdão

 
Não dá para se afirmar, com certeza, que já é produto do trabalho do novo e bom técnico Marcelo Oliveira, absurdamente dispensado pelo Cruzeiro.

Ainda não há tempo suficiente.

Mas foi um massacre em cima do São Paulo: 4 a 0, mas poderia ter sido cinco, seis ou mais.

Como se fosse uma cobra que sabe dar bote na hora certa, o Palmeiras se encolheu e esperou o São Paulo.

Se encolheu malandramente.

E o São Paulo caiu. Caiu feito um patinho, vítima perfeita.

Não, o Palmeiras não jogou na retranca. Simplesmente construiu competente armadilha.

Esse tipo de jogo pode, sim, ter sido a estratégia montada por Marcelo Oliveira especificamente para esse jogo.

O miolo da defesa, muito bem postado, teve a proteção de um meio campo compacto e veloz na saída de bola.

O primeiro gol levou a marca da sorte sempre ajuda quem merece. O segundo gol foi de cabeça, com Vitor Ramos pulando entre dois zagueiros são-paulinos.

Aliás, a defesa do Tricolor tinha mais buracos que ruas e estradas do nosso Brasil em tempos de chuvas.

Os outros dois gols contaram com jogadas primorosas do lateral esquerdo Egídio.

No terceiro, o cruzamento rasteiro com a bola manhosa saindo do alcance dos zagueiros e se oferecendo, safada, para o centroavante Rafael Marques.

O quarto gol foi outra pintura, daquelas pinturas que quando são leiloadas alcançam milhões de dólares.

Há muito tempo eu não via um lateral fazer a virada de jogo com tanta eficiência quanto o Egídio. Lembro-me que quem fazia isso com muito acerto era o Carlos Alberto Torres, tanto na Seleção quanto no Santos.

O passe de Egídio foi perfeito e encontrou a cabeça do argentino Cristaldo que atravessou a vala comum onde estavam os dois zagueiros tricolores.

Aula de futebol.

Confira os gols:


 

 

Dunga

na frigideira?

 

Há algum tempo escrevei aqui nesse blog que as 10 vitórias seguidas da Seleção Brasileira sob o comando do Dunga me remetiam à campanha do mesmo Dunga quando assumiu a Seleção após o fiasco de 2006.

Não deu outra.

Na primeira competição oficial e sem poder contar que Neymar, que realmente desequilibra, a Seleção mostrou toda a sua fraqueza.

Aliás, não chega nem a ser fraqueza: é a realidade.

Nossa seleção, hoje, fica atrás da Argentina e briga com o Uruguai, Paraguai, Chile e Colômbia pelo segundo lugar no ranking sul-americano.

É a dura realidade.

Nossos jogadores são bons, mas não passam de bons. E de bons jogadores, as outras seleções também têm.

Aí Você espera que o técnico competente tire o máximo de cada um jogador, fazendo com que ele se supere.

E não é o que estamos vendo com a Seleção Brasileira e não veremos nunca num time dirigido por Dunga.

Como técnico, Dunga é medíocre.

A CBF defendeu Dunga e jogou a culpa nos jogadores.

Mas como culpar, se nossos jogadores são limitados e não conseguem fazer mais do que aquilo que vimos nesses jogos da Copa América?

É bem lembrar que mesmo com Neymar, não vimos nenhuma atuação espetacular do Brasil. Culpar o zagueiro que fez um pênalti bobo ou os jogadores que perderam cobranças de pênaltis é muito cômodo.

Como disse Ronaldo no domingo à noite na TV Globo, não dá para muda todos os jogadores.

Então...

sexta-feira, 26 de junho de 2015



Brasil 3, Paraguai 0.

Bem que eu gostaria que este blog estivesse sendo escrito na segunda-feira, após o jogo contra o Paraguai, decisivo para o Brasil continuar na Copa América.

-Mas, não. Estou escrevendo na sexta-feira.

-E estou falando aqui de um jogo acontecido há exatos 46 anos, no dia 17-08-1969, no estádio Defensores Del Chaco, em Assunção.

Eu estava lá, meninos. Eu vi.

Era jogo pela eliminatória para a Copa do Mundo de 1970. O Brasil havia vencido a Colômbia (2 a 0) e a Venezuela (5 a 0).

Quando a Seleção chegou a Assunção, eu já estava lá há alguns dias, mandando matérias para o Jornal da Tarde.

Havia uma expectativa muito grande com a chegada da Seleção, assim como também quanto ao desconhecido Tostão que marcou os dois gols contra a Colômbia e outros cinco contra a Venezuela.

Era um novo Pelé, perguntavam-me com insistência.

Mas a expectativa não girava apenas em torno do futebol.

Comemorava-se o centenário da Guerra do Paraguai, travada de 1864 até 1870.

É com muito orgulho, mas também com muita tristeza, que os paraguaios falam dessa guerra.

Enquanto nós comemoramos coragem e a bravura de Duque de Caixas, os paraguaios apontam o herói brasileiro com carrasco sem alma, aniquilador de mulheres e crianças.

Deu-se, portanto, aos paraguaios, o caráter nacionalista do encontro.

Os paraguaios acreditavam que tinham um grande time e que poderiam se vingar do Brasil.

Os programas esportivos de rádio eram precedidos do Hino Nacional paraguaio; os brasileiros não eram adversários, mas, sim inimigos cruéis a serem batidos.

A imprensa local botou fogo nos ânimos.

A concentração brasileira, numa mansão num bairro chique de Assunção, era assombrada à noite com veículos e motos em buzinaços e carreatas.

Foi preciso intervenção policial.

O dono da mansão fez uma visita de cordialidade à delegação brasileira e levou seus dois cães de raça para mostrá-los, com orgulho.

No dia seguinte, o principal jornal de lá, o ABC Color, trouxe fotos dos cães na primeira página dizendo que os brasileiros haviam levado os dois animais para manter os paraguaios à distância.

O clima que se criou foi dos mais pesados.

João Saldanha era o técnico e ameaçava, nas entrevistas, exigir que a CBD (a CBF de então) marcasse o jogo de volta para a acanhada cidade de Nova Lima, em Minas Gerais. Lá, dizia, eles iriam enfrentar o alçapão do Bonfim, como era conhecido o campo do Vila Nova.

E eu era chamado a explicar o que era “alçapão”, “Nova Lima” e “Vila Nova” aos companheiros jornalistas paraguaios.

Um jornalista e um fotógrafo de um jornal escandaloso de lá chegaram a tentar aramar uma cena pra cima do Saldanha.

O repórter provocou ao máximo o esquentado João Saldanha, enquanto o fotógrafo, ao longe, com a objetiva focada, esperava a agressão do técnico brasileiro.

Eu percebi a armação e gritei: é armação!

Quando Saldanha percebeu, aí é que ele teve mais vontade de bater no repórter. Mas, felizmente, isso não aconteceu.

No domingo, o estádio Defensores Del Chaco estava completamente lotado. Os paraguaios faziam festa e gritavam palavras de ordem nacionalistas.

Pouco antes de o jogo começar, Saldanha mandou que a Seleção entrasse em campo e desse uma volta no gramado. Foi a maior vaia que eu ouvi em toda a minha vida.

Funcionou exatamente como Saldanha queria.

O Brasil entrou em campo suando brios, desafiado.

Nos primeiros minutos, o Brasil não jogo nem deixou o Paraguai jogar: distribuiu porradas.

Depois, com os adversários devidamente acalmados, o time brasileiro botou a bola no gramado e fez o que sabia fazer muito bem: jogar. E jogar muito.

Ganhou por 3 a 0, sem o menor susto.

O primeiro gol foi d apavorado zagueiro Valentín Mendoza. Jairzinho e Edu completaram.

Naquela época, o capitão Carlos Alberto, que jogava no Santos, era minha melhor fonte de informação. Ele me contou o que aconteceu no vestiário, antes do jogo.

- O João mandou que gente entrasse em campo bem antes do jogo começar. Foi a maior vaia que já levamos. Quando voltamos, ele fez a preleção e disse o seguinte: durante a semana toda esses caras encheram nosso saco; atrapalharam a gente dormir, falaram um monte de asneiras a nosso respeito. Na hora do jogo, Vocês vão escutar isso aí, todas essas vaias. Vão pra campo e faz aquilo que Vocês sabem fazer: jogar futebol. E jogar muito. Vamos dar uma lição nesses caras. E tem mais: nenhum juiz expulsa ninguém com menos de 10 minutos de jogo. Entenderam?

Foi à senha para a pancadaria dos dez minutos iniciais.

Eis o time brasileiro: Felix (Fluminense); Carlos Alberto (Santos), Djalma Dias (Santos), Joel Camargo (Santos) e Rildo (Santos); Piazza (Cruzeiro) e Gérson (Botafogo); Jairzinho (Botafogo), Tostão (Cruzeiro), Pelé (Santos) e Edu (Santos).


Ah!, Vocês estão perguntando quem é essa menininha bonitinha da foto lá em cima. É a Larissa Riquelme, da Copa do Mundo de 2010, lembram-se? É uma homenagem aos paraguaios.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

É o típico caso do tiro que sai pelo lado errado

“Até o insensato passará por sábio se estiver calado, e por inteligente se conservar os lábios fechados".

A frase é atribuída ao sábio Salomão. Se isso é verdade, não dá para saber, mas que o silêncio e a discrição são muito mais eficientes que o barulho, a grita geral, não há a menor dúvida.

Isso se aplica ao caso dos senadores brasileiros que foram hostilizados em Caracas nesta semana.

Foram lá em missão de visita a um político venezuelano de oposição que está em greve de fome.

Se nada tivesse acontecido de anormal, poucas pessoas teriam tomado ciência do fato.

Os senadores fariam sua visita, as assessorias de imprensa divulgariam o fato que, em condições normais de temperatura e pressão, teria merecido poucas linhas no jornais impressos e alguns segundos nas televisões e rádios.

Mas a truculência própria da ditaduras e daqueles que flertam, namoram e às vezes até casam com os regimes de força, não deixa agir com discrição.

É bom lembrar que há cerca de dois anos esteve aqui no Brasil a blogueira cubana Yoani Sánchez, forte oposicionista ao regime do reino encantado os irmãos Castro.

Yoani Sánchez teria passado pelo Brasil e seria ouvida por público restrito e diminuto, não fosse a truculência da nossa esquerda, dona da verdade.

Pois não é que assim que ela desembarcou em Recife foi hostilizada e até agredida por simpatizantes do regime cubano que a impediram até de proferir palestras? Em todos os lugares por onde passou, a jovem Yoani Sánchez foi perseguida pela turba.

Qual o resultado?

Ganhou muito mais espaço na mídia. Suas palestras contra o regime cubano ganharam dimensão que nunca haviam alcançado.

O mesmo aconteceu com os senadores brasileiros em Caracas.

A visita que era para terminar, no máximo, no dia seguinte, continua repercutindo pelo mundo afora.

E agora, sabe-se que o embaixador brasileiro na Venezuela abandonou os senadores no aeroporto por orientação do Itamaraty.

O embaixador foi até ao aeroporto, recebeu os senadores, colocou-os na van, pegou seu carro e se mandou. Eles que se virem, deve ter pensado o patriota embaixador.

Cercados por manifestantes, ameaçados de agressão física os senadores não viram outra saída a não ser voltar ao aeroporto e embarcar para o Brasil.

Foi um constrangimento muito grande e que poderia ter tido consequências mais terríveis. Afinal, a turba ensandecida é capaz de tudo.

Assim, são dois casos que deveriam ter produzido som de uma simples flatulência acabaram por ter a sonoridade de um vulcão.

É, é a tal da intolerância que troca a força pela inteligência.

Aqui no Brasil, vimos muitos casos assim proporcionados pelo coronel Erasmo Dias, nos negros tempos da ditadura. Parece que as cabeças são as mesmas.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

E Neymar não jogou




Neymar é atacado por Bacca pelas costas
Se depois daqueles humilhantes e massacrantes 7 a 1 na Copa do Mundo ainda havia dúvidas sobre a falta que Neymar faz à Seleção, a derrota para a Colômbia, nesta quarta-feira, pela Copa América, mostrou que realmente não existe seleção sem Neymar.

Sim, ele estava em campo ontem, mas não jogou.

Não acertou um passe, não deu um drible, levou cartão amarelo e depois acabou expulso.

O que houve com Neymar?

Está na cara que o problema é extra campo.

O problema tem nome e número.

Número: 40 milhões de euros.

Nome: processo civil e criminal aceito pela justiça espanhola a pedido da DIS, empresa que detinha parte do passe de Neymar.

Até onde o jogador está envolvido não se sabe com certeza.

Mas, com certeza, ele não é totalmente inocente neste imbróglio.

Em 2011, Neymar assinou contrato diretamente com o Barcelona, passando por cima do Santos. Ainda sem que seu clube soubesse, a N&N, empresa administrada pelo Neymar pai e que cuida de todos os negócios do jogador, recebeu por essa assinatura 40 milhões de euros.

A DIS, empresa que detinha parte dos direitos do jogador, também não sabia de nada e entrou com queixa-crime na justiça espanhola.

O juiz Jose Del La Mata Amaya aceitou a denúncia e deu início ao processo que envolve outras cinco pessoas: dirigentes e ex do Santos, Barcelona e o pai do jogador.

Neymar, jogador, é acusado de corrupção, que pode levá-lo à cadeia por até seis anos.

Em sua acusação, diz o juiz: “Seu comportamento (de Neymar), apoiado pelo pai, N&N e Barcelona, implicou no descumprimento de suas obrigações o que impactou na livre concorrência de contratações.'' Na conclusão, o juiz afirma que, pela denúncia, Neymar não cumpriu com a obrigações com o Santos em benefício próprio e “por razões espúrias''. Assim, tirou do clube a chance de arrecadar € 45 milhões da sua cláusula de transferência.

Embora o staff de Neymar ainda não comente o assunto, sabe-se que uma de suas argumentações para a defesa, é a carta assinada pelo então presidente santista Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro (aliás, um dos acusados no processo) dando ao pai de Neymar autorização para negociar o passe do jogador com qualquer clube.

Agora, pense bem, amigo: com ameaça de prisão e de perder 40 milhões de euros dá pra ter tranquilidade e jogar bem?

A derrota, o péssimo futebol de todos os jogadores, a apatia e o desencanto em campo escancararam a neymardependência da Seleção.

O mais absurdo ainda foi o discurso dos jogadores após a derrota culpando os juízes.

Ninguém se viu jogando mal – a culpa é do juiz.

Daniel Alves, bom jogador, bom lateral, bom apoiador bom nas entrevistas foi ruim em tudo. Dentro de campo, não apoiou nem defendeu com competência.

Fora dele, chegou ao absurdo de dizer o jogo foi duro porque jogos fora de casa é assim mesmo, como se a Colômbia estivesse jogando em casa.

Também fora de campo, Dunga mostrou a sua total incompetência para fazer substituições: fez três substituições, colocando mais três atacantes e não conseguiu ter um ataque.

terça-feira, 16 de junho de 2015

Assim o Mundo vê o Brasil, segundo o Google.



Os iraquianos estão de olho em nossas praias de nudismo.
Anos atrás, grande parte do mundo, a maior parte, aliás, tinha certeza que a capital do Brasil era Buenos Aires.

Outra parte, também imensa, e que não tinha tanto conhecimento geográfico, dizia que era muito perigoso atravessa a avenida Nossa Senhora de Copacabana pois havia iminente o perigo de ser atacado por uma cobra.

O Brasil cresceu.

Solidificou a sua democracia; estabilizou sua economia com uma nova moeda; elegeu um ex-sindicalista para presidente da República e, por um determinado momento, virou xodó do mundo.

Tornamo-nos até importante para o turismo norte-americano, levando para lá nossos reais.

Será que essa visão mudou?

Sim, mudou. Mas não se pode dizer que para melhor.

Pelo menos é o que mostra extensa pesquisa feita pelo Google para o portal Uol. A pesquisa abrange o período que vai de 2004 a 2014.

Pouca gente no mundo parece preocupada com a política no Brasil. Ou com a nossa economia.

Por exemplo, quais as principais perguntas que o Google recebeu a respeito do Brasil, partindo dos Estados Unidos? Vejam o resultado:

Que língua é falada no Brasil?

Onde fica o Brasil?

Em que país fica o Brasil?

TERMOS MAIS BUSCADOS

Texas de Brazil (rede de churrascarias nos EUA)

Brazil nuts (castanha do Pará)

São Paulo Brasil

Brazil Butt Lift (cirurgia para aumentar as nádegas)

Janessa Brazil (atriz pornô)

Abby Lee Brazil (atriz pornô)

Bem, os norte-americanos não parecem muito bem informados sobre o Brasil. Que tal os portugueses?

PERGUNTAS MAIS BUSCADAS:  Quem descobriu o Brasil? Quem colonizou o Brasil? Como procurar emprego no Brasil?

TERMOS MAIS BUSCADOS: Pornô Brasil; Tá Bonito Brasil (site para assistir on-line a novelas brasileiras); Banco do Brasil; Big Brother Brasil.

E nossos hermanos argentinos? Vejam:

PERGUNTAS MAIS BUSCADAS : Como termina Avenida Brasil? Quando termina Avenida Brasil? Quem matou o Max em Avenida Brasil.

TERMOS MAIS BUSCADOS: Tomorrowland Brasil; Avenida Brasil; Pipa Brasil; Fortaleza Brasil; Natal Brasil; Praias do Brasil.

Os companheiros da Venezuela fazem pergunta que refletem o momento econômico do país chavista: "Como emigrar da Venezuela para o Brasil?" e "Como trazer um carro do Brasil para a Venezuela?" são algumas das perguntas.

Há também perguntas sobre a novela "Avenida Brasil", como telefonar para o país e futebol. Entre os termos buscados, destacam-se "cubanos no Brasil" (os venezuelanos também têm médicos cubanos) e "como viver no Brasil".

Os franceses têm curiosidades as mais variadas.

PERGUNTAS MAIS BUSCADAS : Como o Brasil comemorou o milésimo gol do Pelé? O Brasil produz para alimentar sua população ou para vender? Quais as particularidades da presidente Dilma do Brasil? Onde acho o filme "Meninos do Brasil"? Quando começa a Copa do Mundo no Brasil?

TERMOS MAIS BUSCADOS: Resultados França Brasil; Mapa do Brasil; França você Brasil; Viajar para o Brasil.

Já os iraquianos soltaram a libido e mostram que, se no Iraque o assunto é tabu, acreditam que no Brasil o sexo corre solto.

PERGUNTAS MAIS BUSCADAS: Qual é a capital do Brasil? Qual é a língua do Brasil? Qual é a moeda do Brasil? Por que o Brasil chama Brasil?

TERMOS MAIS BUSCADOS: Praias de nudismo no Brasil; Mulheres no Brasil; Sexo no Brasil; Samba no Brasil; pornô no Brasil; XXX no Brasil.

Como se vê, ainda somos um país exótico e pouco conhecido.

 Leia também:


 

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Zito, 82 anos.



 
 
Zito – José Ely de Miranda (Roseira-SP, 08/08/1932-Santos14/06/2015 )

            Posição - Volante

            Jogos - 52 (38 vitórias, 6 empates, 8 derrotas, 3 gols)

            Copas disputadas - 1958, 1962, 1966

            Títulos pela Seleção - Copa do Mundo (1958, 1962); Taça Oswaldo Cruz (1955, 1961,1962); Copa Roca (1957; 1963); Taça Bernardo O‘Higgins (1955,1959).

Clubes em que jogou – Roseira-SP; São Paulo de Pindamonhangaba-SP; Taubaté-SP, 1948 a 1951; Santos-SP, 1952 a 1967.

            Os lançamentos não eram o forte do futebol de Zito, mas volta e meia ele colocava os atacantes do Santos na cara do gol, com longos lançamentos; os dribles também não eram característica marcante, mas quantas vezes Zito se livrou de adversários com dribles curtíssimos; era o volante de verdade, aquele que mais defende do que ataca, mas marcou 57 gols vestindo a camisa do Santos. Enfim, Zito reunia um pouco de cada uma dessas qualidades e tinha uma em que era imbatível: a liderança.

            No time do Santos, dava o ritmo e cobrava ação de qualquer um dos jogadores, do mais novato ao mais veterano, do menos craque a Pelé. Eram comuns os gritos de Zito durante os jogos e ninguém ousava levantar a voz contra ele.

            Chegou ao Santos com 20 anos de idade e sem posição definida, até que se encaixou como volante. Três anos depois de sua chegada, o Santos sagrava-se campeão paulista de 1955, o segundo título da história do clube e o primeiro de muitos de um supertime que estava sendo montado.

            Na Copa de 1958, foi convocado para a reserva do clássico Dino Sani, que se machucou no segundo jogo. Zito entrou para não sair mais.

            Após a Copa da Suécia continuou como titular, condição que foi mantida na Copa de 1962, no Chile.

            No jogo decisivo (3 a 1 em cima da então Tchecoslováquia), marcou o segundo gol recebendo um passe de Amarildo, que havia entrado em lugar do contundido Pelé no segundo jogo da Copa. Amarildo foi definido pelo jornalista e escritor Nélson Rodrigues como “O Possesso”. Anos depois, Zito descreveu o gol assim:

            - Eu peguei a bola no meio do campo e vi o Amarildo se deslocando pela ponta esquerda. Fiz o lançamento e corri pelo meio, como se fosse um centroavante. Mas o Amarildo era meio afobado, então eu corri gritando com ele “Vai! vai!”, para ele não largar a bola, nem centrar antes da hora. Quando cheguei na entrada da área, berrei: “Dááááááá”. Ele cruzou na pequena área, eu entrei de nariz, fiz o gol e ainda trombei na trave.

            Zito jogou no Santos até 1967. Depois, assumiu funções diretivas no clube.

            Em 2014 Zito sofreu um AVC.

               

 

Esse texto acima foi o resultado de extensa pesquisa que fiz para o livro “Heróis do Brasil”, uma obra que traz os perfis de todos os jogadores que defenderam o Brasil em Copas do Mundo até 2010.

Era um livro que eu pretendia lançar antes da Copa de 2014. Infelizmente, não encontrei patrocinador e o livro ficou inédito.

Da Seleção Brasileira campeã do Mundo em 1958 que revelou Pelé e encantou o mundo da arte do futebol, estão vivos: Mazzola, Pepe, Dino Sani, Pelé, Zagallo e Moacir.

 

Por falar

Em Seleção Brasileira...

 

...e por falar também em craque, o que o Neymar jogou na estreia do Brasil na Copa América contra o Peru, nesse domingo, foi brincadeira.

Ficou mais do que escancarada a dependência que a Seleção tem do Neymar.

E também a distância quilométrica do futebol dele em relação aos outros jogadores.